domingo, 13 de março de 2011

O cafajeste é resultado puro e simples de um coração partido

Diferentes para amar, mas não para ser amigos. Pode?
O insensível ditado já diz “em um relacionamento, um sempre ama mais que o outro”. Quem dera, Deus, que este não fosse eu, todos pensam. Dizem que é difícil estar com alguém tentando gostar da outra pessoa com a mesma intensidade com a qual se é ‘gostado’. Passei por isso umas duas vezes, ou um pouco mais que isso, e posso dizer que o incômodo de se deixar encantar ou mesmo de por um fim a uma lógica que provavelmente não irá crescer não se compara a estar do outro lado, onde normalmente me encontro, recluso em minhas próprias ilusões.
Se você, homem, quiser machucar intencionalmente uma mulher, basta dizer que se interessou por uma outra mais inteligente e feminina que ela. Se você, mulher, machuca um homem, ainda que sem querer, provavelmente foi por dizer ‘gosto de você como um amigo’. Não há nada mais castrador, toxicamente ‘inviril’ e mais destrutivo da manutenção de uma relação realmente fraternal do que ‘gosto de você como um amigo’. Quem já ouviu, sabe como dói.


Nessas horas é que preferiria ouvir ‘desculpa, te troquei por uma outra mulher’. De verdade. Nesse caso, não haveria um problema comigo, mas com toda a nação masculina que conta com um membro a mais para desagradá-la. Em geral, ‘gosto de você como um amigo’ esconde um ‘você não tem o que procuro num homem’ e, aí, meu amigo, o problema definitivamente é com você. Te falta charme, beleza, intelecto, emprego decente, herança em vista, corpo atlético, senso de humor, saúde, altura, pau ou pedra.

E, então, contrariado, você xinga, esmurra paredes, bebe como há tempos seu fígado, já não tão jovem, havia sido desacostumado. Chega à conclusão de que vai ouvir a sabedoria das canções populares dos anos 80, tão repetidos por sua já falecida mãe: ‘só vou gostar de quem gosta de mim’. O telefone vibra. Na tela, uma mensagem não lida daquela amiga que dá um calor feminino nas épocas de solidão intensa, mas que mantém o velho acordo de ‘nada sério’.

Antes de por de volta no bolso, o aparelho toca. O identificador de chamadas aponta o nome daquela que você já repudiou a sétima geração, a estas alturas. Um sorriso se abre: ‘pode ser ela voltando atrás’. O mesmo se fecha: ‘ela pode implorar por minha amizade’. Decide rejeitar. Dói. Talvez não suportasse mais um 'não estou preparada para um relacionamento' ou 'não estou 100% envolvida'...

Passa a lista de contatos até chegar àquela que ainda não desistiu, apesar de sua cegueira platônica, que alguns chamam de paixão. Percebe o quão difícil pode ser a decisão de investir em algo pelo qual não há grande apreço. Decide ligar. Ao contrário de mulheres, homens investem até no improvável, se permitem a delícia da surpresa ou a comprovação de projeções realistas-pessimistas que serviriam de justificativas ou alertas, mas, no fim das contas, o mínimo que pode acontecer são dois corpos ofegantes e, ainda que por breves momentos, completos por suas próprias satisfações.
Alguns chamam de cafajestice, outros praticamente falam juntos, em uníssonos, como a querer complementar a história: “Olá, linda. Há quanto tempo...”.

8 comentários:

  1. Leio um texto desses e vejo a força da minha latente porção masculina. Penso como vocês, homens, e muitas vezes ajo como vocês. Invisto no improvável, mesmo sem esperar surpresas que vão além de corpos ofegantes. Pena que ainda há homens que não compreendem que isso não é ser vadia (feminino de ser cafajeste). Porque acredito que corpos ofegantes - mesmo que por uma noite - faz bem aos corações partidos, sejam eles masculinos ou femininos. Meu eu masculino também nunca ouviu uma mulher dizer o que eu SEMPRE, lógica e obviamente, digo: "Melhor ser trocada por outro que por outra. Vá por mim..." No entanto, a minha porção mulher teima em perguntar por que é tão difícil prum homem entender que mulheres que transam também amam!!! Glauce Gouveia

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  2. Será que é porque o título volúvel, no mundo machista em que vivemos, soa muito pior para mulheres do que para homens?

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  3. vcs mulheres tentando compreender o homem como se fosse vcs mesmas, que ridiculo

    so pq algumas de vcs são garotas cafagestes por terem decepções, que nos homens somos assim

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  4. Ao meu ponto de vista.

    Nos homens temos uma fase da vida de cafajeste, mais o objetivo nunca é maguar a mulher ou transmitir que todos no mundo são cafajeste. .
    por experiencia própria vejo que os momentos de cafajeste que tive, foram numa epoca de pós termino ou estou focado em outras coisas da minha vida (nao procurando um relacionamento serio). Não estamos sempre há procura da garota dos sonhos.
    E esse pensamento é originado dos momentos que foram vividos com outras garotas do passado, que se tornaram uma referencia para pensamentos futuros da garota que estamos atualmente, não acho justo que o titulo cafajeste seja usado em um homem o qual passou por dificuldades nos relacionamentos amorosos, e por uma valvula de escape ou da procura de uma alegria mesmo que seja momentanea, tenha ações que são taxadas de cafajestes . .


    ou um outro ponto de vista seria: a fase de iniciaçao do homem para mulher que geralmente é dado na faixa de 13 a 14 anos. Se nessa idade o homem começa a ter pensamentos de que os relacionamentos não passam de uma noite, ou que uma garota diferente se encontra em cada esquina, ele vai viver a sua vida assim: e ser considerado por muitas mulheres um cafajeste.
    Mais como é sobre fases que me refiro, esse tipo de homem chegará até um periodo da vida em que estará a procura de uma garota certa pra ele, quer dizer, ele não será um cafajeste eternamente.
    então quando vocês mulheres usam o termo cafajeste, usam incorretamente, o correto seria que a fase em que o cara está é de cafajeste e não que todas as ações que ele fez na vida e que fará futuramente será com um pensamento de maguar a mulher e etcs..
    mais como dito, está é minha opnião.

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  5. Se é assim, toda mulher vagabunda é resultado puro e simples de um coração partido tbm?

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  6. Se for desse jeito, os homens são mais fracos do que aparentam. Ser cafajeste ou não é uma questão de valores, princípios, cultura e maturidade. Por mais decepcionado que esteja, uma pessoa (homem ou mulher) pode ou não se deixar levar por apenas 1 noite. Isso é uma escolha. Vemos que os homens mais jovens são mais propensos a fazer essa escolha e por questões culturais, de valores. Homens mais maduros encaram uma decepção, superam e seguem em frente.

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  7. oxe....um cara que fica com a mulher que diz que não ama mais por "pena", é cafageste???
    ou um cara que namora 2anos e nesse 2 anos tem um filho com a garota, mais ele é casado e vive de aparencia e comodismo com a mulher... sera que ele é cagageste??porque ?

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  8. em uma analise bem curta deste post eu vejo que nos,
    nos que eu me refiro ão time do homens. que por causa do nosso orgulho que já nascemos com ele a gente prefere
    pegar geral depois de uma decepção amorosa do ficar numa cama deprimido, depressão por mais que existe homem deprimido isso fere o nosso orgulho e por isso que agimos assim, e nem momento achamos que nenhuma mulher serve pra casar e forma familia, a dizemos a frase classica que as mulheres tambem falam nenhuma mulher/homem presta são todos iguais e essa minha opinião

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