segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quero gostar com você. Dançar com você...


Eu não quero muita coisa dessa minha vida mais ou menos. Quero um teto para chamar de meu, pagar as contas sem ter que escolher qual fatura deixar descoberta ao fim de cada mês e ter tempo para observar um nascer e um pôr do sol por mês. Apenas. E, sim, estar ao seu lado. Seria isso pedir demais?

Quero dormir com você. Com tuas nóias, roncos e tapas na madrugada. Quero me sentir empurrado da cama no meio da madrugada, quando o braço que te serve de travesseiro, sem sensação alguma, se faz mais teu que meu. Quero tuas mordidas, arranhões, teu gritos, exageros, ciúmes e gemidos. Quero teu bom reconfortante e teu incômodo desafiador de paciências.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sobre protesto, centavos e ruas. E, sim, sobre você



Ele não sabia porque estava indo às ruas, só sabia que tinha que ir. Não porque todos estavam dizendo que iriam, não porque queria colocar-se como um grão de areia na praia avassaladora de um capítulo da história, nem por conta de partidos políticos ou influência de mídias corporativistas - e, sim, ele agora falava "corporativistas" -. Ele tinha que ir às ruas porque havia muito "errado". E, apesar de sempre se haver discordâncias quanto ao certo, há unanimidade quando se sente a merda cobrir. Aquela atirada em seu rosto, ricocheteada no ventilador e enfiada goela abaixo por quem parece nem enxergá-lo em sua condição de grão de areia.

A rua, de certa forma, lhe pareceu certa. O momento, propício. O apoio, existente. Os motivos, vários, bastantes e revoltantes. Era certo. Tinha que ir. E foi.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quando a luz dos olhos teus e a luz dos olhos meus resolvem NÃO se encontrar

Quando você não estiver olhando é que vou observar teu sono falado, cantado em cada verso de sonho sonhado junto, respirado às custas de um relógio que se arrasta sem pressa. É quando vou sussurar em teu ouvido na tentativa de invadir teu inconsciente, querendo estar junto além do corpo.

Quando não estiver olhando é que vou desenhar teus trejeitos, gravar teus conceitos e gostos, decorar cada nota de tua risada estridente. É quando vou rir do que te deixa encabulada, dizer ao padeiro da rua que estou contigo, gritar aos ventos que a sorte decidiu embarcar na estação de minha vida, com direito a excesso de bagagem.

Quando você não estiver olhando é quando vou me domar a não olhar as mensagens do celular, a não questionar sobre o passado que prefiro nem saber que existiu, a não pedir atenção mesmo ao sentir que dela depende meu próximo passo. É quando descubro não me bastar, ainda que você me transborde.

domingo, 16 de junho de 2013

Barata: o problema da classe média

Quando olhei para cima, a vi rastejando na parte de cima de um dos vagões do metrô. Barata. Daquelas inofensivas, miniaturas, que provocam gritos desproporcionais nas donzelas em apuros. Foi por isso que a ouvi. A dondoca, não a barata - ainda que ambas não valham muito -. Salto alto, echarpe no pescoço, quilos de maquiagem no rosto de vinte, na tentativa de fazê-lo parecer debutante.

Seria "normal", caso ela não estivesse voltando de um campo de futebol. E a barata se aproximando.
Não chamaria a atenção, não fosse sua cara de nojinho fitando corrimões do coletivo. A barata começa a descer em sua direção.
Não incomodaria, não fosse um comentário após o outro: "deviam ter um limite de ocupação. Imagina se eu tivesse que ir em pé?". Depois emenda: "E esses bancos? Meu Deus! Deveriam ser, pelo menos, estofadados, não é?". Já não vejo a barata.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A origem e a história (quase real) por trás do Dia dos Namorados

O dia 12 de junho é a data mais romântica de nosso calendário. O Dia dos Namorados ou, em alguns lugares, Dia de São Valentim, tem diversas conotações históricas e sexuais, poéticas e sexuais e religiosas e, claro, sexuais. A data, no Brasil, remonta à véspera do Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, nosso Valentim nordestino. Dizem que durante o reinado de Caldeus II, em Roma, o tirano proibiu o casamento da 'galerosa'. A versão oficial é que o imperador queria construir um grande exército e a construção de famílias desencorajava o alistamento dos jovens. A fofoca dos bastidores aponta que, à noite, 'Caldeusinha' queria fazer homenagem a Baco com os militares 'ressecados' pela escassez de esposas.

Nesse meio tempo, o bispo Valentim realizava casamentos religiosos daqueles que ansiavam experimentar as maravilhas do doce amor (entenda-se tesão), mas que tinham medo do fogo do inferno (argumento recorrente da época). O cara era mais popular do que seria Marcelo Rossi distribuindo bala na Rocinha. Acabou descoberto. Foi para a cadeia e condenado à morte. Afinal, ninguém podia comprometer o harém da toda poderosa Caldeusinha!
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