terça-feira, 29 de março de 2011

Minha primeira vez em Tambaba

Grande Austeróbilo,
Nunca tinha ido a Tambaba, na Paraíba, porque sou gordo. Não me parecia certo e muito menos saudável à minha auto-estima. Sempre achei que os adeptos dessa onda de naturismo eram fisiculturistas loucos para se mostrar ao máximo, já que andar de tapa-sexo na praia não lhes seria suficiente.

Lá, não é preciso ir muito longe para começar a ver as ‘coisas’ alheias. Da entrada da praia de naturismo você já consegue ver bundas brancas em todos os níveis de flacidez e um nobre senhor, sem roupas, que está pronto a descer o cacete em você, se não tirar a roupa antes de entrar. Mente, e muito, quem disser que não tem curiosidade ou preconceito com os que gostam de brincar de cata-vento com o próprio corpo.

Não pude entrar de imediato. Por algum estranho motivo, ‘Adões’ não podem entrar sem ‘Evas’ (supervisão) em um ambiente onde só tem gente pelada. Sem sentido. Mulher entra sozinha. Até parece que elas não conseguem disfarçar, com muito menos esforço, que estão gostando das frutas proibidas que veem.

Um gaiato que também tentava entrar ainda arriscou um ‘somos um casal gay’, mas não topei provar a mentira pro vigilante. Tinha que ser acompanhado! Fiz o que todo cidadão decente e curioso faz numa situação dessas. Voltei com uma prostituta.

Antes de entrar, uma série de recomendações. A mais estranha, eu não esperava. “Faça o que fizer, não fique excitado”. Nem pastor de Igreja Evangélica diz isso. Todo mundo sabe que até as beatinhas mancas têm algum ângulo mais charmoso! Mas a verdade é que subiu o que não deve, desceu o cacete. Digo... Não desceu o... Enfim!

Descendo uma pequena elevação, você tem acesso à praia. Impressionante o quão mais clara a areia é, do lado ‘banda voou’. Talvez por questões higiênicas, já que nada separaria cofres de tampas ou ‘dobras’ de pedaços de caranguejos. Um exemplo às praias pernambucanas.

Tudo em Tambaba é interessante. As curvas das ondas têm uma forma diferente, o sol é mais brando, como se soubesse que não pode deixar tudo ardido, e os arbustos que cerceiam a praia curiosamente não param de se mexer, por mais parado que esteja o vento. Por motivos óbvios, há controle animal na região. Não são permitidos cachorros domesticados ou caravelas selvagens. O primeiro é lei, o segundo, esperança. E as prostitutas riem o tempo inteiro.

Andando na praia, você vê como as pessoas tentam se adequar a qualquer situação. Tirando os veteranos, todos tentam andar o mais natural possível. Mas todo mundo estica a coluna, encolhe a barriga, anda com o ventre à frente e, de dez em dez segundos, dá aquela olhada para baixo, em tentativas seriadas de ter o ego massageado...

No restaurante, uma coisa linda. Cobertores de assento são distribuídos. Uma coisa meio estranha, como se todos pudessem, enfim, ver o resultado de seu papel higiênico. Tudo pela limpeza. Os garçons fazem jus à prática e se mantém como vieram ao mundo, mas enrolados (opa!) em toalhas brancas. Higiene e proteção, já que fritura causa estragos sérios.

Uma coisa incrível é que, ao contrário dos demais restaurantes do mundo ‘normal’, eles não usam chapéus ou protetores do gênero. A ficha não demorou a cair. Frescura pouca é bobagem. É a margem de segurança! Praia de naturismo, comida com molho, você olha para o prato, vê um fio preto... Cabelo!

Não importa quão grande seja Tambaba, sempre que você tiver a curiosidade de visitá-la pela primeira vez, tenha certeza, você encontrará o seu chefe. E de frente. Cabeça a cabeça. O cumprimento do velho abraço lateral não parece apropriado. Pensa em balançar a mão, mas nunca é só a mão. Sorri sem graça, ao contrário da prostituta, meio retardada, que sorri animadamente.

Lembra de uma das coisas que seu pai lhe ensinou. Nunca, em hipótese alguma, em qualquer ‘instância’, vença o seu chefe. Conversa banal. Olha para um lado, vê que a prostituta com quem você está é ‘boa’. Olha para o outro, que a mulher do chefe, nem perto disso. Nem se arrisca a olhar para baixo. Dois a zero seria igual a demissão. Põe a mão no gelo e começa a se coçar. Aquelas localizadas. E tome gelo. Mais gelo. Só sossega quando vê que não tem tartaruga mais enrugada que seu Junior. Melhor deixá-lo ganhar. E tenta se despedir. Ele, naturalmente, sem graça, não vai apertar sua mão. Fica aquele clima.

Ele fica inquieto em sua frente. Você não sabe se é para esconder a esposa dele ou se para que ele possa espiar a sua ‘já fui bom nisso’. Receoso, você a apresenta. Formalidade montada, ele apresenta a esposa também, claro. Você vê, mas cala. Tenta correr. Tudo certo quando você diz que tem que ir embora. Quase no fim do martírio, a espinha gela com o riso descontrolado da prostituta. E você se convence que não deveria ter cedido à curiosidade antes mesmo de ouvi-la terminar o “Madame, tem um pelinho no seu dente...”.

14 comentários:

  1. huaaushuahsuashausahsua!!! Um dia ainda vou descer nas areias mais claras de Tambaba! Muito bom!

    Ian

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  2. rapaz, me senti em tambaba com o texto. aliás, queria um dia "conhecer" de forma acadêmica tal local. hahaha. ed deve ter gasto uma pequena parte de sua fortuna numa dúzia de lagostas de um restaurante de lá!

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  3. muito bom... excelente. Quando eu fui nao encontrei nenhum chefe (a)... rsss

    gustavo

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  4. Vou no próximo mês...!!! vai ser legal !!! Muito !!!

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  5. Desde criança, sonhava conhecer Tambaba. Ficar nua sem ninguém pra criticar. Um sonho! Fui. Adorei. E agora meu principal roteiro de viagem é ela. A melhor praia do mundo. Só vá se tiver mente aberta. Por favor! Tambaba é liberdade.

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    1. Tambaba é liberdade, liberal e libertinosa! Kkkkkkkkk

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    2. E eu aqui pensando em como não ficar excitado

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  6. eu fui lá em tambaba tb, porém fiquei ate meio constrangido como tenho o bilau muito grande o pessoal olhava bastante com cara de espanto, não só as mulheres mas os homens tb. a praia é lindas, entretanto isso causou um constrangimento a mim e minha esposa e ficamos pouco tempo por lá, Obs. sou de pernambuco

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  7. Amigo isso não é constragimento,em ter a rola grande,quem viu achou bonito,quem é que ver uma rola dotada ou uma buceta greluda grande,que não admira,eu quando vou com minha esposa ela tenhe a buceta grande eo grelo avantajado,os casais ficam olhando e admirando,ela se deita na areia e abre as pernas os casais passam olhando,e achando lindo o grelo dela,e ela fica com tezão ai é que ele fica volumoso,quem ver um negoçio grande fica com cara de espanto mesmo,enquanto maior que o povo olha.

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  8. Delicia chupar pau em tambaba

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  9. Fui lá uma vez e tinha uma mulher dando pra geral e o marido dela olhando. Curti demais. Irei mês que vem.

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  10. o bom era que fosse liberado para troca de casal,meter a o ar livre,do jeito que minha branquinha é louca por negros,ela dando o cú ao ar livre numa praia,e eu comendo uma casada,assim também seria o maximo,era pra ser livre no nudismo para casais liberais.

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