sábado, 19 de março de 2011

Sexo, o unificador universal

Grande Austeróbilo,

Não sou muito de abdominal porque sou gordo. Daquele do tipo clássico, claro. Não do tipo sexual, que todos temos fixação. Esse, estilo cachorro-no-cio, todos nós ‘somos’ e não adianta negar. Com a leve diferença que a tendência a esse cio vai dos 15 aos 35 anos. Como bons brasileiros, somos viciados em sexo. Se pudéssemos, não sairíamos da cama, fazendo a manutenção corpórea apenas com um gelinho e vários copos de concentrado de guaraná.

Sabe aquela propaganda de colchão que diz que um terço de nossa vida vivemos dormindo? Pensando em sexo são quase dois! O tempo que sobra é, obviamente, para comer e descansar membros diversos... Falando em ‘comer’, não parece ser à toa que aproximamos as satisfações da libido e do estômago conjugando-as sob o mesmo verbo. Todos sentimos prazer numa boa comida. Fato.

Definitivamente, sexo é nosso principal produto de exportação. Se o Japão nos fornece o modelo de TV digital, nós a enchemos de ‘Brasileirinhas’. E assim o país rebola, no mais sórdido ‘jogo de cintura’. Essa realidade fica ainda mais sensível na puberdade. Bela época de lendas urbanas, observação constante dos que nos cercam e longas horas de ‘autodescoberta’! No alto de nossos quinze anos, não adianta, você lembra, não pensamos em outra coisa.

Falando pelo lado masculino, é fato que andar, em pé, em ônibus lotado estranhamente fica menos insuportável. Para a gente e para vovós no maior estilo Dercy, que apenas o Recife consegue abrigar. As únicas que ‘perdoamos’ são as mães (as nossas, claro). Atire a primeira pedra a mulher que nunca brincou de ‘Concurso do Ovão’, ao observar calças de colegas de trabalho (ou de apresentadores de TV). Que homem, mesmo que na maior concentração que o trabalho possa oferecer, independente de idade, nunca olhou para outro em silêncio, escondendo o riso, quando avista um par dos velhos ‘faróis acesos’?

São brincadeiras inocentes de um não tão inocente pensamento coletivo. É o falso moralismo que nos impede de ser feliz. Não tem esse que não gostaria de ganhar dinheiro ‘se divertindo’! Seria o velho ‘ter tesão no trabalho’ elevado ao nível mais concreto. Melhor assim. Gordos go-go-boys não durariam um final de temporada do ‘exótico’. Gordinhas de plantão também não teriam muito com o que competir, afinal, não pagaríamos por quem não se consegue levantar nos ombros, de pé, no trivial ‘triplo 69 carpado’.

Sexo é um dos poucos assuntos que nos une e faz com que magros e gordos falem de mesmas expectativas e desejos. Ceder ao prazer não o faz fraco, o faz sorridente! Por isso, no que diz respeito à ‘dupla comida’, “acorde arrependido, só não durma na vontade”.

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