quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nosso Lar - Vale meu ingresso?

Perdoem-me os fãs do espiritismo, Chico Xavier e da Globo Filmes, mas classificar 'Nosso Lar' como sendo um grande filme é querer forçar demais. As naves espaciais espirituais são desprovidas de tempo, de espaço e, no final das contas, também de graça! Com atuações forçadíssimas de um elenco sofrível, que mais lembra a novela em que Sandy foi protagonista, Nosso Lar é muito marketing, boas doses de 'defeitos especiais' e um roteiro que não empolga, apesar da apelação religiosa.
É apenas na crença que a obra se mantém. Durante a sessão, é possível ver olhos lacrimejando e pessoas tendo calafrios enlouquecidos, com aquele jeitão de "só quem conhece, entende". Como não lembro da última vez em que religião era um dos quesitos básicos para determinar o público-alvo de um filme, me resumo a dizer que, apesar de apresentar uma filosofia interessante, que merecia ter um debate mais denso em tela, o dramalhão global, com apelos para o medo do inferno de quase todo 'bom?!' brasileiro não convence.
Difícil mesmo é engolir que a estreia do filme tenha detonado Se Eu Fosse Você 2, por exemplo, que conta com dois grandes atores e boas doses de riso. Em Nosso Lar, é preciso tomar umas doses de qualquer coisa que o mantenha bêbado ou acordado para aguentar até o fim sem ter vontade de morrer (e olhe que a ideia de morrer, no caso, é bem mais aterrorizante depois que você 'vê' o umbral, mas tem momento que até ele parece uma opção mais divertida).

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