segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Não há ditado mais justo que "Tem amigo safado, quem pode"

Grande Austeróbilo,

Eu não deixo de fazer troca de favores porque sou gordo. Em geral, são questão de companhia, coisas simples da vida. Já ofereci carona em troca de saída para o cinema.E não há troca melhor. A velha história do 'tudo pode acontecer no escuro da projeção' não deixa de ser verdade só porque quem está ao seu lado é uma interesseira.

Já aceitei convites para jantar sabendo que esperavam que eu pagasse ou que deixasse em casa depois. Fui mesmo assim. E o mundo ficou mais agradável por conta disso. Não pela submissão, mas pelo fato de que ao não 'perceber' meu 'uso', tive momentos agradáveis e proporcionei de igual modo.

Apenas os idiotas são felizes. Nosso mal é perceber a ‘maldade’ alheia. Vive-se muito bem sem pensar que alguém tenta te 'derrubar' na empresa, te acha feio, desagradável ou se falam mal enquanto você não está. Há quase sete bilhões de pessoas no mundo, você esperava agradar a todas elas? Além do mais, 70% das críticas, desprovidas de fatos reais, podem ser resumidas em inveja, falta do que fazer ou tesão enrustido.

Algumas pessoas simplesmente não conseguem dizer ‘não’, mesmo quando percebem que estão se aproveitando delas. Vai lá e faz o que tem que ser feito. Quem manipula fica feliz. Quem é manipulado, em geral, cansado. Mas o mundo não acaba por conta disso.

Quando você é estudante vê aos montes. Aquele velho caso atrasado que pede para incluir o nome no seu trabalho. E você fica com pena de não dar uma ‘nova (e décima terceira) chance’, mesmo com aquela sensação de quando você precisar, não poderá contar de forma alguma com aquele ‘ser’.

O costume segue a pessoa para todo o sempre. Se sabem que você mora naquele ‘paraíso’ onde vai rolar uma boa festa ou tem uma casa de campo adorável, vez ou outra vai ouvir aqueles convites que não são para você, são para sua propriedade.

O melhor de todas as demonstrações de ‘carinho’ do gênero é quando te ligam do nada, quando você mesmo espera, no meio da tarde. O celular toca, identifica um número que você conhece de algum lugar ou um nome que você não lembra de onde conhece. E aquela voz contente, expressiva, alegre e com milhões de saudades te saúda, quer saber de sua vida e precisa saber das novidades. Depois do terceiro ou quarto minuto, solta aquele favorzinho que você sabia que seria pedido desde o início, dentro da velha fórmula: emprego, influência ou dinheiro emprestado.

Vai ser assim o resto de sua vida. Mas todos temos um pouco de interesseiros em nós. Quem nunca fez pedido durante aquela ligação depois de vários meses/anos atire a primeira antena! O mundo é movido basicamente a dinheiro, política e favores sexuais, não há como fugir.

Também não fujo à regra. Eu ‘aparto’ meus amigos de mulheres horrorosas em demasia, enquanto eles estão bêbados. Faço isso para que façam o mesmo por mim, em momentos de insanidade. Tiro fotos do momento com meu celular para parecer bonzinho ao não publicar no Facebook, esperando a velha reciprocidade. Agora, chegar no ouvido deles, enquanto estão abraçados com os 'dragões' e dizer, mais alto que o necessário, “Temos que ir. Sua namorada disse que está grávida”, só para ver o resultado, não. Isso eu faço para meu bel prazer.

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