Pior que isso é amar como loucos, precisar como poucos, depender como ninguém e, ainda assim, não viver bem. Pior que isso é saber ser amado, amar como se pode ser e, ainda assim, não conseguir estar "ali". Pior que isso é encontrar sua paz e, nela, não se ver feliz. E não há nada mais triste que pessoas que se gostam, querem, desejam, ferem, agridem, relaxam, consolam, alisam, beliscam, telefonam, vibram, perdoam, satisfazem, enlouquecem... e não conseguem viver junto. É quando se desafia a lógica; quando se questiona o destino; quando, aos poucos, se faz companhia à solidão...
Sofri quando ouvi meu nome em tua voz pela primeira vez. Doeu ouvir teu riso alto, sem pretensões. Ardeu sentir o abraço, compartilhar o drink... Isso porque a partir de cada momento desses, percebi que sem eles já não seria mais o mesmo; que o ouvido, sem a frequência delicada de teu sotaque, simplesmente se recusaria a ouvir; que teu cheiro ficou na camisa que já nem lavo; que, uma vez inteiro, você me fez incompleto, sempre a depender da tua digital impressa em minha pele. E não há impedimento ao toque de um ventre que se faz coração e bate junto no compasso de um gozo seco, marcado por eternos encontros e despedidas.
Os caminhos que sigo me entortam pouco a pouco. É a prova inegável que não passei impassível pelo que vi e ouvi nesta vida tão cheia de falsas retidões. Vez em quando, deixo-me roubarem o equilíbrio e as certezas, sem pensar se estão de passagem ou estacionados para uma vida toda. Às vezes não importa se você é trem ou estação, mas quantos passageiros cabem no peito e quem decide, por opção, seguir viagem...
Ele sempre surpreende e eu tento entender. Arrasou como sempre com essa maneira simples de falar o que as pessoas querem ouvir. Parabéns Dr. ;)
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