quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Gato por lebre: O que todo mundo esconde ao conhecer novas pessoas

Na imagem, as bagagens: "Vício em jogos de azar",
"Abandonado(a) no altar" e "Divide a cama com o irmão"
Estar solteiro e conhecer novas pessoas é um desafio não apenas para nossa ânsia para encontrar alguém que possa não nos deixar com frio à noite, mas também para nossa tolerância. A cada dia somos provados sobre o quanto estamos preparados para lidar com um mundo diferente do que era quando éramos crianças e com o qual estávamos habituados a lidar. “Oi, sou ex-garota de programa” não é abertura formal quando se está pensando em iniciar um relacionamento com qualquer que seja a pessoa.

A verdade é que todos nós temos bagagens. Histórias, traumas e erros de um passado, por vezes nem tão distante, que, de certa forma, nos define nos primeiros encontros. Justamente por isso, escondemos, a sete chaves, todos os nossos supostos 'defeitos', que, na verdade, nos fazem quem somos. O resultado é muita gente tomando gato por lebre e descobrindo a verdade quando já não se pode recuperar o tempo e atenção dedicados.

De certa forma, é preciso aprender a ler os sinais, nas entrelinhas ou os que estão escritos na testa. “Isso no meu braço são sinais, não marcas de cortes mal curados”, “Já tive experiências com pessoas do mesmo sexo” e “Todo mundo diz que sou gay, mas é só impressão” são claros sinais de que você se engana, se quiser. E não cola “Eu acho que não” ou “Hoje em dia, há exceções” é apenas uma forma de você tentar contornar sua patética necessidade de companhia e ignorar o óbivo sem torrar um real, porque, nesses casos, mais valeria contratar sexo casual, onde tudo está esclarecido e não há riscos de qualquer tipo de dependência emocional.

Muito mais fácil, por certo, seria que carregássemos nossas bagagens abertas, ao público. Pesadas, grandes, chamativas, de todas as cores. E em suas laterais, as inscrições que insistimos em enterrar em nosso subconsciente. “Anoréxica”, “Possessivo”, “Suicida”, “Puta”, “Micropau”, “Flatulência crônica”, “Conto tudo para minha mãe”, “Traficante”...

O grande, e real, problema é que não estamos dispostos a nos expor dessa forma. Não achamos que vale a pena abrir o jogo, não para evitar assustar a outra parte, mas para não nos sentirmos mal. O que escondemos em nossas bagagens é o que deve ficar escondido, o que nos deixa vulneráveis. Caso contrário, não mentiríamos nem quando nos dizemos sinceros, honestos... Longe disso:

“Oi. Que bom que veio. Gosto de sexo com animais e tenho complexo de limpeza, como vai?”
“Deve ser difícil para fazer oral, não? Vou muito bem, tive sífilis duas vezes e você pode ser o homem de número 520 a fazer sexo comigo. Legal esse restaurante”
“Indicação de um amigo. Aceita um vinho?”

Topa?

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