domingo, 27 de maio de 2012

O que você precisa (e nunca vai) saber sobre o amor...


Quando tem início o amor? Gostaria de saber não em termos técnicos, abstratos ou científicos, marcado por datas e similitudes. Quero saber é quando o gostar de passar cada segundo junto vira uma impossibilidade de estar separado, quando a saudade transpassa o sentimendo incômodo, aninhado sob o peito, e se mostra uma dor física, que indispõe, caleja, ridiculariza. Quando o olhar muda do 'até amanhã' para o 'não me deixe', aconteça o que acontecer?

Não ousaria sequer tentar determinar respostas. Mas arrisco dizer que esse momento de transição, que passa desapercebido, sempre se apresenta. Pode ser quando ele, sentindo a dormência do braço que acalanta os sonhos dela, ignora o desnecessário para não pertubar seu sono. Quando rejeita o terceiro choppe no velho bar da sexta, com os amigos de sempre, apenas para que tenha a oportunidade de vê-la enrubescer enquanto é observada escovando os dentes e prendendo os cabelos, pouco antes de se deitar.

Quem diz não gostar de forró, esteja certo, é por não saber dançar...


Grande Austeróbilo*,
Eu não danço forró porque sou gordo. Nunca soube como. Coordenação das pernas só funciona se for para correr atrás de algo mais saboroso em liquidação. Mas também não gosto muito de forró. O bater do triângulo ao lado da sanfona nunca me convenceu como arte.

Mas esse é o papo de todo e qualquer cidadão que não saiba dançar: responde 'não gosto'. A verdade é que todos gostamos de forró. Por nós, dançaríamos todos os dias e exterminaríamos toda e qualquer banda de axé. Nada melhor que dançar inocentemente a dança safada do sertão, sentindo cheiro do suor do cangote das interioranas e olhando o facão do pai dela com o rabo do olho. Que graça tem em 'procurar Dalila', quando Ana, Maria e Joana tão ali, coxa com coxa?

domingo, 6 de maio de 2012

Assuma seu defeito capital, hipócrita!

Resolução de final de ano: mudar. Plano de toda segunda-feira: começar a mudar. Defeito capital? Completa incapacidade de mudança. A verdade é que sempre queremos nos sentir outras pessoas, mudar, sumir... Como se toda alteração que realmente valesse a pena fosse feita de uma decisão, uma batida de pé, uma explosão que, do dia para a noite, se apresenta como a solução de todos os problemas.

Um dos vários tristes fins de todos nós

Apenas uma sensação pode ter a dimensão equiparada à paixão, em sua forma mais simples e sincera, e essa é ter o coração partido. Nos dois casos, o estômago revira pelo avesso, a boca seca, o coração desacelera por segundos que parecem horas, insistindo em vir à boca. Em ambas as situações, há um grito silenciado em uma covarde garganta, um suor frio que determina a quantidade de horas de sono que serão conquistadas no dia a dia de quem tenta seguir em frente com a própria vida. A diferença está no cheiro de cada sensação. Enquanto uma nos seduz com o aroma de relva fresca e molhada, que convida e acaricia nas horas menos esperadas, outra se mostra terra seca e pedregosa, se fazendo fumaça, do tipo que dificulta avistar todo e qualquer bom momento de um passado bem recente.
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